Agepê - Antônio Gilson
Porfírio, mais conhecido como Agepê, nasceu no Rio de Janeiro no dia 10 de
agosto de 1943. Saudoso cantor e compositor de muito sucesso.
Usava no nome artístico a pronúncia fonética das
iniciais do nome de batismo do cantor, "AGP".
Juventude
Toda sua infância foi no
Morro do Juramento, zona norte do Rio de Janeiro. Ficou órfão de pai
ainda criança e teve que ir à luta cedo para ajudar a mãe, que era faxineira.
Na adolescência, foi office-boy na
Embaixada da Alemanha, enquanto completava os estudos na Escola Técnica
Nacional.
Aos 18 anos, ingressou na
Aeronáutica, de onde foi expulso pouco tempo depois, devido à insubordinação e
às fugas do quartel para namorar.
Antes da fama, trabalhou
como transportador de bagagem onde era conhecido como "Ripinha" e
também foi técnico projetista da extinta TELERJ, a que abandonaria para
se dedicar à carreira artística.
A carreira fonográfica teve
início em 1975, quando lançou o compacto com a canção "Moro Onde
Não Mora Ninguém", primeiro sucesso dele, com 950 mil cópias vendidas, que
seria regravada posteriormente por Wando.
Entre 1975 e 1981, lançou
sete discos. Nove anos depois, lançou o sucesso estrondoso "Deixa Eu
Te Amar" (Agepê, Ismael Camillo e Mauro Silva), que fez parte da trilha
sonora da novela Vereda Tropical.
O disco Mistura Brasileira, que continha esta canção, foi o primeiro disco de samba a ultrapassar a marca de um milhão de cópias vendidas (vendeu um milhão e meio de cópias). A carreira destacou-se por um estilo mais romântico, sensual e comercial, em que fez escola.
Foi integrante da ala dos compositores da Portela onde, nas disputas pela escolha do samba-enredo, chegou às finais em cinco ocasiões e, em todas elas, amargou o segundo lugar.
Em 1995, finalmente conquistou a vitória com o samba “Essa gente bronzeada mostra seu valor”, e foi escolhido como intérprete oficial da Portela no desfile do ano seguinte.
Contendo um repertório eclético, composto principalmente por baião, e teve no compositor Canário o mais frequente parceiro]. Na sua voz, tornaram-se consagradas inúmeras composições da dupla, como "Menina dos cabelos longos", "Cheiro de primavera", "Me leva", "Moça criança", dentre outras.
Após o sucesso de Mistura Brasileira, Agepê lançou mais nove discos, além de coletâneas. Agepê gostava de se apresentar de terno de cetim branco e sapato de cromo da mesma cor.
Morte
No dia 27 de agosto de 1995, o músico foi internado na Clínica São Bernardo (RJ) por conta de uma úlcera agravada pelo diabetes, entrando, no dia seguinte, em coma profundo.
Faleceu no dia 30 de agosto de 1995 e foi sepultado no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju no Rio de Janeiro.
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