Zilka Salaberry tinha o nome original de Zilka Nazareth de Carvalho. Nasceu no Rio de Janeiro no dia 31 de maio de 1917.

Era de família de artistas, era filha da atriz e radialista de origem espanhola chamada Luiza Nazareth, irmã das atrizes Alair Nazareth e Lourdes Mayer. Foi casada com o ator Mario Salaberry.

Formada em Economia, não exerceu a profissão. Após seu casamento com Mario Sallaberry, que era ator, foi para o teatro, adotando o sobrenome Salaberry.

Iniciou no Teatro Municipal de Niterói, com um pequenino papel. Gostou e se emocionou muito. Ingressou na Companhia de Procópio Ferreira e depois na companhia de Dulcina de Morais.

Seus papéis foram melhorando, fazendo importantes peças, sempre mais comédias do que dramas. Trabalhou também com Alda Garrido e com Dercy Gonçalves.

Estreou como atriz profissional no filme Cidade-mulher (1936), de Humberto Mauro. Transgressora dos costumes, foi a primeira a tirar a roupa no teatro, em 1950, na peça A Copa do Mundo. Quando ela tirava o maiô, as luzes se apagavam.

Na televisão, estreou em 1956, na extinta TV Tupi do Rio de Janeiro, no programa Câmera Um. No ano seguinte atuou na telenovela A canção de Bernadete.

Durante dez anos, participou do Teatrinho Trol, programa que adaptava contos infantis. Cabia à Zilka sempre o papel de bruxa.

Depois de passar pela TV Rio e voltar à TV Tupi, Zilka chegou à TV Globo em 1967, estreando na telenovela A Rainha Louca. Nesta emissora, realizou seus trabalhos mais importantes, como Irmãos Coragem, O Bem Amado, O Casarão, Que Rei Sou Eu?, O Primo Basílio e Vale Tudo.

Obteve grande sucesso com personagens de telenovelas, como a Sinhana, de Irmãos CoragemDonana Medrado, de O Bem Amado e a Dona Benta do Sitio do Pica-Pau Amarelo, papel mais marcante de sua carreira.

Devido à sua atuação neste seriado infantil, Zilka passou a fazer parte da infância de várias gerações de brasileiros.

Seu último papel na TV foi em Esperança (2002), de Benedito Ruy Barbosa, ano em que também atuou no filme Xuxa e os Duendes 2.

Morreu em 10 de março de 2005, no Rio de Janeiro, depois de quase um mês hospitalizada para tratamento de insuficiência renal, infecção urinária e desidratação. Seu corpo foi velado no cemitério do Caju, onde foi cremado.