Raul Cortez – Um Gigante da Televisão Brasileira - Raul
Christiano Machado Cortez nome completo do ator Raul Cortez que foi um ator,
produtor e diretor.
Ao
longo de sua carreira ganhou os principais prêmios do país, incluindo dois Troféus
Imprensa, três Prêmios APCA, cinco Prêmios Molière, um Prêmio Qualidade Brasil
e um Troféu Candango do Festival de Brasília, além de ter recebido duas
indicações ao Grande Otelo e duas indicações ao Prêmio Guarani.
Início de vida
Raul
Cortez nasceu em São Paulo no dia 28 de agosto de 1932, era o mais velho de
seis irmãos, Rui Celso, Lúcia, Pedro, Regina e Jô Cortez.
É o pai
da também atriz Ligia Cortez, fruto do seu casamento com a atriz Célia Helena,
e de Maria, com Tânia Caldas.
Raul
Cortez tem duas netas, filhas de Lígia: Vitória e Clara. Era abertamente
bissexual e falou sobre o tema em fevereiro de 1980 para a Revista Veja: Atração
é uma coisa que está no ar. Ninguém pode impor que a gente vá gostar só de
homens ou transar só com mulheres.
Cortez
trabalhou em 66 peças teatrais, 20 telenovelas, seis minisséries, 28 filmes.
Atuação
nos palcos
Queria
ser advogado, mas aos 22 anos decidiu trocar os tribunais pelo palco. A estreia
foi em 1955 e no ano seguinte já fez o primeiro papel no cinema, em O Pão
que o Diabo Amassou.
Em
1965, foi Joaquim em Vereda da Salvação, em 1969 encarnou um travesti na
peça Os Monstros e em 1970 fez o primeiro nu do teatro brasileiro em O
Balcão, de Jean Cenet.
Na
década seguinte recebeu vários prêmios, mas a consagração veio da mão da peça Rasga
Coração (1979), no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo.
Última
escrita pelo mestre Oduvaldo Vianna Filho, na qual contracenou com Lucélia
Santos, interpretando o amargurado funcionário público e ex-militante comunista Maguary
Pistolão.
A cena
final, escrita por Vianinha, foi marcante: o funcionário público aparece nu
amarrado por cordas nos pés e dependurado no ponto mais alto do palco.
Na televisão
Após
participar de algumas telenovelas nas emissoras Excelsior, Bandeirantes e Tupy,
Raul Cortez estreou na Rede Globo em outubro de 1978 no especial “Ciranda
Cirandinha” no papel do pai de Tati, personagem principal vivida pela atriz
Lucélia Santos.
Dois
anos depois, em 1980, protagonizou ao lado de Reginaldo Faria a novela de Gilberto
Braga, Água Viva, na qual interpretou o cirurgião plástico Miguel Fragonard.
Com
este trabalho alcançou notoriedade e reconhecimento do público, tornando-se uma
estrela da televisão.
Para
isso também contribuíram papéis em Baila Comigo (1981), de Manoel Carlos,
um amigo de 40 anos, que chegou a convidá-lo para participar de Partido Alto (1984),
primeira novela de Aguinaldo Silva. Posteriormente, de 1993 a 1995 foi
apresentador fixo do programa Você Decide.
Os mega
vilões Virgílio Assunção, de Mulheres de Areia (1993), e Geremias
Berdinazzi, de O Rei do Gado (1996), aumentaram sua fama internacional,
particularmente na Rússia, onde ambas as novelas atingiram enorme audiência no
país.
Terra
Nostra, uma das tramas mais vendidas da Globo, o levou aos cinco continentes
com outro italiano: Francesco Magliano.
Em 2004
participou da novela Senhora do Destino interpretando Pedro Correia de Andrade
e Couto (o Barão de Bonsucesso). Em 2005, precisou suspender temporariamente
sua participação devido ao avanço da doença que causaria sua morte tempos
depois.
Tudo
parecia relativamente resolvido, pois ainda retornaria às telas em 2006
interpretando Antônio Carlos, na minissérie JK, a biografia do
ex-Presidente Juscelino Kubitschek.
É
considerado um dos maiores atores brasileiros de todos os tempos. Raul morreu
às vésperas de completar cinquenta anos de carreira, no dia 18 de julho de
2006, em decorrência do agravamento de um câncer no pâncreas, contra o qual
lutava havia cerca de quatro anos.
Apesar
de ser descendente de espanhóis e portugueses, foram marcantes as
personagens italianas em telenovelas como O Rei do Gado, Terra
Nostra e Esperança.
Doença e morte
Em
dezembro de 2004, Raul Cortez foi operado para a remoção de um tumor na
região do pâncreas e do intestino delgado, seguindo-se um tratamento quimioterápico.
Em 30
de junho de 2006 foi novamente internado e faleceu no hospital Sírio-libanês,
na capital paulista. Meses após sua morte, Raul Cortez foi homenageado
pela Prefeitura de Duque de Caxias por meio do nome do Teatro Municipal
Raul Cortez.
Política
Na política
era contra o comunismo pois na eleição de 2002 ao lado de Regina Duarte
apoiaram José Serra nas eleições presidenciais, mas infelizmente foram
superados pelo Petista Luís Inácio Lula da Silva.
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